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O guia completo de instalação de redes ópticas subterrâneas

A fibra óptica foi responsável por uma verdadeira revolução na tecnologia de transmissão de dados, e com isso, seu uso é cada vez mais necessário. 

Quando se trata de interconexões de redes à longa distância, há várias opções disponíveis, específicas para cada necessidade. A implantação deste tipo de rede pode ser feita de três maneiras: aérea, subterrânea ou submarina.

Neste guia, falaremos sobre o meio subterrâneo, suas vantagens, características e algumas normas exigidas para este tipo de instalação, além das diferenças entre o cabeamento aéreo e subterrâneo, uma vez que estes são os mais utilizados.

Cabeamento aéreo ou subterrâneo: Qual o ideal para seu caso?

Saiba agora qual destas duas opções melhor se encaixa para a sua necessidade e se o cabeamento subterrâneo é o ideal para você!

Instalação Aérea

Este é o modelo mais barato, uma vez que sua instalação possui baixo custo. Entretanto, essa economia é apenas inicial, já que a necessidade de manutenções frequentes encarece o processo a médio prazo. 

Outro ponto a ser questionado antes de escolhê-lo é o risco para o técnico que irá trabalhar próximo a redes elétricas.

As redes aéreas podem ser utilizadas para conexão de cidades, utilizando as linhas de alta tensão como um suporte para a instalação, ou também para ligar um ponto a outro. 

Para este caso, a melhor opção é o cabo OPGW, que além de ser mais resistente, possui proteção contra descargas atmosféricas.

Instalação subterrânea

Duas vantagens do cabeamento subterrâneo podem ser determinantes na hora de decidir se ele é ideal para você: segurança e estética. 

O fator estético conta e muito, principalmente em grandes cidades, onde há grande demanda e a poluição visual seria extrema, caso fosse utilizado o meio aéreo para a instalação de todas as fibras.

Outra vantagem super importante dessa rede é a segurança. Os casos de rompimentos acidentais, que são comuns em postes, são praticamente inexistentes abaixo do solo.

Sua desvantagem, a princípio, é um maior custo de implementação, uma vez que os dutos necessitam de identificação e escavação adequadas. Entretanto, a longo prazo, o investimento acaba trazendo um retorno muito maior, pois a uma redução significativa de manutenções corretivas e emergenciais. 

Além disso, a expansão da mesma se torna muito mais fácil e segura.

Especificações de Redes Subterrâneas

As redes subterrâneas demandam mais recursos e cuidados em sua implementação, e um bom planejamento é essencial para um bom resultado. Confira agora, quais pontos considerar antes de executar o projeto:

Tipos de implementação

Alguns fatores podem interferir na escolha de qual método será utilizado, uma vez que essa ligação pode ser feita das seguintes formas :

  • Em Rodovias
  • Em Ferrovias;
  • Em Oleodutos ou Gasodutos.

*Em rodovias, a definição do local exato de instalação, será determinada pelo órgão com domínio sobre a via. Estes podem ser ao lado de rodovias ou no canteiro central.

Ao avaliar o método que será adotado, deve-se levar em consideração não só o custo da obra, mas também o valor cobrado pela concessionária pelo direito de passagem em sua faixa de domínio, além da área que o empreendedor irá disponibilizar. 

Além disso, é essencial buscar reduzir as chances de problemas futuros, através de um rigoroso estudo dos trajetos e consultar todos os Órgãos responsáveis, para obter autorização de passagem ou anuência.

Custo e prazo

O grau de complexidade da obra como um todo, é determinante em seu custo e prazo de entrega. Essa complexidade será definida pelos seguintes fatores:

  • Profundidade de vala;
  • Tipo de Solo;
  • Distância entre as caixas;
  • Interferências;
  • Acessos.

Vala e Tipo de Solo

A solução construtiva deve ser adaptada ao tipo de solo no qual será instalada, e possui duas variações:

Destrutiva

Neste método, a superfície já existente é rompida e após a passagem do cabo, é reconstruída.

Não Destrutiva

Conhecida também por MND (Método Não Destrutivo), esta abordagem não provoca danos ao pavimento existente.

Este método geralmente é o mais adequado quando há interferências (estradas, rios, edificações, entre outros) no caminho que a fibra deve percorrer.

Profundidade da vala

A profundidade da vala é o que determina a que distância da superfície os dutos serão enterrados, variando de acordo com o tipo de solo, sendo de 1 a 1,2 m para solos normais. De acordo com as normas, quanto menor a resistência do solo, maior deve ser a profundidade da vala. 

Para solos mais resistentes, é importante uma proteção mecânica maior.

Distância entre as caixas

Para definir este parâmetro, deve-se levar em consideração o comprimento das bobinas, correção de relevo, reservas técnicas e emendas a serem realizadas. 

Feito o cálculo com essa base, é a hora de definir os melhores locais para a instalação das caixas de passagem. A distância mais utilizada é a de 1.000 metros.

Os dutos instalados deverão ser do tipo PEAD, para os diâmetros de 32, 40 e 50mm são denominados Subdutos e atendem os requisitos técnicos da NBR 14.683-1 – Sistemas de Subdutos de Polietileno para Telecomunicações. 

Para os diâmetros de 63 a 200mm, são denominados Dutos e devem atender os requisitos da NBR 15.551-1 – Sistemas de Dutos de Polietileno Subterrâneos de Energia Elétrica ou Telecomunicações.

Locais de Acesso

Os locais de acesso são definidos com base nas características do resultado final esperado. 

Há a opção da rede sair diretamente nos postes da Concessionária, ou em quaisquer outros pontos que sejam definidos em projeto, utilizando implantação de poste junto a última caixa para saída do cabo aéreo.

Com este guia, você tem o básico e essencial para que a sua rede óptica subterrânea tenha o máximo desempenho, com o menor número de falhas possível. 

Lembre-se, este tipo de projeto deve ser planejado com muito cuidado, por isso, é imprescindível avaliar as soluções disponíveis para a sua região com a orientação de um Projetista de Redes.

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